segunda-feira, 15 de julho de 2013

FRANKESTEIN DE MARY SHELLEY.
          
          Escrito no século XVIII, pela então adolescente Mary Shelley, Frankestein é um dos grandes representantes da novela gótica, muito popular naquela época. Nela, o cientista, Victor Frankestein, junta partes de cadáveres, para criar e dar vida a uma criatura. Seria ele louco? Talvez... Mas sua personalidade complexa representa a oposição entre os avanços da ciência e a religião, esta refratária de uma verdade absoluta.
          Victor personifica a maior de todas as aspirações do ser humano – tornar-se Deus. Alucinado na sua lucidez, obcecado na sua obsessão, este personagem já clássico se tornou o símbolo da falta de ética e do  bom-senso, requisitos fundamentais no campo da ciência. É natural que muitos leitores acreditem que Frankestein é o nome da criatura, mas como se sabe é o nome do cientista que a criou. A história é belíssima, com o prólogo e o epílogo passados no ártico.

      Talvez o que salte aos olhos, quando analisamos a personalidade de Victor Frankestein, seja o seu desejo irrefreável de frear a morte, como se fosse possível fugir da certeza de que todo ser vivo nasce, cresce, se reproduz e invariavelmente, morre. Essa negação de que a vida caminha para a morte, é própria do ser humano, que já nasce cheio de medos. A personagem é puramente humana, mas aquilo que almeja é impossível, pois foge ao entendimento humano.