domingo, 29 de janeiro de 2012

SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO


TRABALHO SOBRE A SOCIOLOGIA CLÁSSICA DE DURKHEIM
Respostas do Questionário

Questão 01. _ Seu  trabalho é uma reflexão e um reconhecimento de uma “consciência coletiva”. Mas o que vem a ser consciência coletiva? É o conjunto de valores, sentimentos, crenças e tradições de uma sociedade, preservado e legitimado no decorrer de várias gerações. É a moral de determinada sociedade, em que predomina a solidariedade mecânica, conforme Durkheim. A consciência coletiva exerce sobre os indivíduos uma coerção reforçando hábitos, costumes e representações coletivas. A isso “tudo” ele chamou  de “Fatos Sociais”, e disse que esses eram os verdadeiros objetos de estudo da Sociologia.
Questão 02. _ São as formas de pensamentos que a sociedade elabora para expressar sua realidade. Tais formas são incorporadas e interiorizadas pelos indivíduos através das normas e regras que formam a estrutura social. As representações coletivas resultam da combinação e associação de ideias e experiências de múltiplas gerações que cooperam para sua formação. A experiência dos indivíduos as reelabora.
Questão 03. _ Durkheim acreditava que a sociedade seria  mais beneficiada pelo processo educativo. Para ele “a educação é uma socialização da jovem geração pela geração adulta”. E quanto mais eficiente for o processo, melhor será  o desenvolvimento da comunidade em que a escola esteja inserida. A construção do ser social, feita em boa parte pela educação, é uma assimilação pelo indivíduo de uma série de normas e princípios, sejam morais, religiosos, éticos ou de comportamento, que balizam a conduta do indivíduo num grupo. O homem, mais do que formador da sociedade, é um produto dela (DURKHEIM).
Questão 04. _ Enquanto a sociedade mecânica se referia ao vínculo moral entre indivíduo e sociedade, a solidariedade orgânica, dizia respeito a uma relação puramente econômica e funcional dentro da divisão de trabalho. Na solidariedade mecânica, a força da integração moral da “consciência coletiva”, prendia o indivíduo ao grupo social. Já na solidariedade orgânica, eram os laços morais com os outros grupos sociais, através da “especialização” ocupacional do trabalho que mantinham o indivíduo inserido no meio social.
Questão 05. _ O método da análise social de Durkheim é considerado positivista. O positivismo propõe transpor os métodos das ciências naturais como critérios para a existência de uma sociedade de caráter moral. O método sociológico de Durkheim, seguindo essa premissa, pode ser considerado conservador. Daí o fato desse teórico ter sido considerado também um autor conservador, pois ele concebe os fatos sociais como coisas, apreensíveis graças ao distanciamento e a busca da neutralidade do 
RITUALISTAS


                  O ser humano é um bicho social, e como tal, precisa aprender a viver em sociedade. Nesse processo de socialização, o princípio de humanização, traduz-se numa adequação corpórea às exigências do meio social onde vive. Sabe-se que o homem, como ser racional, é, em sua essência, um animal biológico, portanto, não pode ignorar o uso da máquina biológica, pois, sua sobrevivência não depende apenas da sua inteligência e saber cultural ou mesmo do meio social do qual faz parte.
                  Ele, o ser humano, possui funções vitais, tais como: a alimentação, a respiração, o sono, a atividade sexual, etc. É claro, que estas funções vitais, embora inerentes à toda a humanidade, varia na forma como cada indivíduo procura satisfazê-las, dependendo do sistema cultural ao qual o indivíduo venha a pertencer.  Sendo que tantas variações, dentro de um número tão pequeno de funções, faz com que o homem seja considerado um ser predominantemente cultural.
                  Outro ponto a se destacar, é que o homem, ao longo do processo de sua socialização, que vai desde o nascimento, passando por infância, vida adulta e velhice, participa de vários “ritos de passagem”, que o tornam apto a viver em sociedade. Dessa forma, as gerações “maduras”, passam às gerações “imaturas”, um sem número de normas, regras, dogmas e orientações de como o indivíduo deve se portar no seio da sociedade. Muitas destas orientações,  dá-se, por meio da educação.
                  Vale lembrar, que para Durkheim, por exemplo, educar é socializar. E nesse contexto, o ser humano é,  por via de regra, ritualista. Sua vida social se guia por muitos rituais, que incutem na consciência coletiva o saber cultural, e por extensão, o gérmen do processo da socialização.
                  Só que a sociedade, dita ritualista, e que nega esse tipo de estereótipo, vive sob o signo do materialismo. Sob essa ótica, a sociedade contemporânea, torna-se refém de si própria, o que se traduz no culto a entidades, pessoas, objetos e ainda à beleza, ao poder, ao dinheiro.




MARCAS DA SOCIALIZAÇÃO


                  Ao longo do seu processo evolutivo, o ser humano acumulou uma base cultural, fruto dos muitos estágios da interação com o meio e a natureza. Esse processo resultou de uma série de acontecimentos traumáticos, no que diz respeito à formação cultural do indivíduo e como consequência, deixou marcas profundas nas sociedades humanas.
                   Tais marcas, são o que poderia ser definido como “marcas da socialização”, que levaram o homem a se diferenciar dos outros animais e trilhar caminhos que contribuíram em muito para enriquecer sua trajetória evolutiva. A imensa capacidade de interagir com o meio social e se organizar em grupos sociais coesos, embora complexos, faz do ser humano um ser social e por extensão, dependente do sistema cultural ao qual pertence.
                  Deve-se destacar os muitos aspectos que marcaram a transição “do homem de um estado de natureza para um estado de cultura” (LÉVI-STRAUSS). Aspectos estes, que determinam os muitos estágios de sua humanização e eventual socialização. Deles, o mais marcante talvez seja a apropriação da linguagem, tendo em vista, que esta verdadeira “instituição”, elevou o ser humano a um novo patamar na escala da evolução. O uso da linguagem, traduzida inicialmente pela fala e depois reforçada pelo uso da escrita, passando pelas pinturas ruprestes, que são marcas indeléveis da busca do homem de melhor interagir com o meio social. Tal recurso, o da linguagem, conduziu a raça humana a um grau elevado de interrelação e organização social.
                  Há ainda outros aspectos interessantes no processo de socialização do bicho homem, como por exemplo, o ato de alimentar e uso da toillet, comuns às sociedades humanas, embora algumas delas se diferenciem na forma como lidam com estes aspectos. Isto sem falar, da capacidade de transmitir conhecimento de uma geração para outra, garantindo assim sua perpetuação no curso da história e eventual avanço no processo de sociazação. Deve-se ressaltar, que tal processo não se mostra estático nem imutável, mas sim dinâmico, pois sofre modificações entre os muitos grupos sociais. O que diferencia as diversas sociedades humanas, e torna a evolução um processo ondulatório. Algumas sociedades atingiram um certo nível de organização e bem-estar social, enquanto outras ainda se encontram mergulhadas no caos ou ocultas sob o véu de regimes fechados, sem falar naquelas que patinam e atolam na lama da corrupção.  

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