segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

ATIVIDADES DE FILOSOFIA


1 - Explique, conforme o texto do fascículo, porque o conhecimento não pode ser considerado
 neutro.

O Conhecimento não pode ser considerado neutro, porque em tese, a neutralidade pressupõe algo
 imparcial e desprovido de algum tipo de interesse. E como o ser humano é em sua essência um
 ser pensante e a despeito disso, uma criatura egocêntrica,pois sempre que busca o ato de conhecer,
 seja um objeto, alguém, um ser qualquer ou mesmo um fenômeno da natureza, sempre o faz
 guiado  pela necessidade de atender a determinados interesses de cunho meramente pessoal, ou
 profissional ou mesmo de terceiros. Nesse contexto, nenhum conhecimento é desprovido de
 interesse, é sempre "de" e "para". Faz parte da natureza humana, a racionalidade só se faz plena,
 quando uma motivação qualquer a impulsiona e a faz sair da inércia.O Conhecimento parcial,
 forjado no ardor da labuta é o que faz girar as engrenagens das questões filosóficas.





Na sua compreensão, qual das posições é mais sensata: a cética ou
 dogmática? Justifique sua resposta.

Na minha opinião, a compreensão dogmática parece-me mais sensata.
Pode parecer contraditório, pois embora eu tenha aversão a dogmas e ao longo da minha vida
 inteira tenha me posicionado como um adepto do ceticismo, sinto-me inclinado a rever meus conceitos.
O dogmatismo se apoia na possibilidade de atingirmos a verdade, crê e confia plenamente na nossa percepção
 da realidade do mundo. Enquanto que o ceticismo, nega e coloca em dúvida tal possibilidade.
No que concerne à impossibilidade de verdades absolutas, talvez a morte seja algo que possa
 ser encarada como uma verdade absoluta, pois não temos como contestar a certeza que a morte representa
 como fato irrevogável da finitude da existência humana. Não importa como, ou o que vem depois, a morte é
 uma verdade absoluta.

INFORMAÇÕES SOBRE MEU BLOG.


 O blog "o voo do escorpião", foi criado com o objetivo de abrigar textos, resumos, fichamentos e outras atividades relacionadas ao curso de "Letras/Inglês" da EAD/UESPI. Nele pretendo postar textos e outros assuntos referentes às inúmeras disciplinas que compõem a grade curricular do curso em questão.
          Aqui vocês poderão encontrar textos dos mais variados estilos, alguns toscos, outros um pouco mais trabalhados, mais todos resultados de um esforço enorme, na busca por algo que destoe da mesmice e venha a se destacar pela originalidade, embora esta referida originalidade, seja algo quase impossível de se conseguir.
         Gosto de ler e escrever. A leitura é hoje algo imprescindível no mundo em que vivemos. E a escrita, reflete aquilo que lemos, da forma que lemos, não só os livros, jornais e revistas, mais o mundo à nossa volta.
         Sinto-me um velejador solitário, navegando em meio à tempestade, à mercê dos elementos, em meio a águas revoltas e turbulentas. Mas sei que a tempestade vai amainar, que o sol vai surgir no horizonte, imponente e  supremo, para saudar seu filho, um ilustre desconhecido que busca, que luta, para ser bem sucedido um dia.Sim, sou filho do sol. E nasci na chapada do corisco.
         Sou apenas mais um na multidão. Sou aquele que ninguém vê. Sou aquele que trabalha em silêncio. Sou aquele que espera o momento certo. Sou aquele que ainda sonha.    
         Enfim, além dos textos acadêmicos, pretendo publicar contos, trechos de novelas, e outros escritos inéditos que podem contribuir para que todos possam ter uma visão mais detalhada da minha personalidade contraditória e controversa, e também dos meus anseios, dúvidas, ressentimentos e algumas certezas também.
         Agora, se tudo o que está escrito no corpo do texto, ainda não for suficiente para convencê-lo a dar uma navegada pelo meu  blog, eu recomendo " o voo do escorpião" para aqueles que tem dificuldades para dormir. Meu blog, é um ótimo paliativo para quem sofre de insônia. 

ATIVIDADES DE FILOSOFIA


TEORIAS FILOSÓFICAS

A
No contexto das teorias do conhecimento, o racionalismo designa a doutrina que atribui exclusiva confiança à razão. Para o racionalismo, os princípios lógicos fundamentais seriam inatos, ou seja, já estariam na mente do ser humano desde o nascimento. Deduz-se dessa forma, que a razão é concebida como a base do conhecimento.

B
As teorias empiristas defendem a tese de que todas as nossas ideias são provenientes da experiência  e, em última instância, de nossas percepções sensoriais. Para os empiristas, os cinco sentidos (visão, audição, tato, paladar, olfato), são a fonte de nossas sensações e reflexões.

C
O criticismo busca superar o impasse entre o ceticismo e o dogmatismo. Tal como este, acredita na possibilidade do conhecimento, mas produz questionamentos, sobre as reais condições nas quais o conhecimento se torna possível. O criticismo busca fazer uma distinção entre o que nosso entendimento pode conhecer e o que não pode.

D
O diálogo crítico ou  dialética foi concebido por Sócrates e se apoiava em dois princípios básicos: a refutação da ironia, onde o filósofo interrogava seus interlocutores sobre aquilo que pensavam saber, fazendo-lhes perguntas e procurando evidenciar suas contradições, e a maiêutica, na qual Sócrates propunha aos discípulos uma nova série de questões, com o objetivo de ajudá-los a conceber ou reconstruir suas próprias ideias. 

domingo, 29 de janeiro de 2012

O VOO DO ESCORPIÃO.

Existe uma lenda, segundo a qual, se colocarmos um escorpião dentro de um círculo de fogo, ele termina cometendo suicídio. Ou seja, ele pica a si próprio, num ato desesperado diante de uma parede inexpugnável de chamas. Mas isto não corresponde à expressão da verdade, pois ele, o escorpíão, se arma e enfrenta um inimigo, que apesar do seu minúsculo cérebro, por instinto, ele sabe que não pode transpor. Ele morre ressecado pelo efeito do calor extremo e o aguilhão na ponta da cauda, que ele ergue acima da cabeça, dá a impressão de que ele se matou.
A verdade, é que não tem como o inseto escapar do círculo de fogo, sua morte é certa e irrevogável. Talvez a única forma de escapar da morte, seria se o escorpião fosse capaz de voar. Daí a expressão " o voo do escorpião" ser a transcrição de algo impossível e carregado de metáfora. A própria metáfora pressupõe algo irreal e impalpável.
Mas não se deixe enganar pela insignificância de um animalzinho tão estigmatizado e menosprezado, pois em alguns casos, ele pode matar. E no caso de um cataclismo nuclear, ele certamente sobreviverá à raça humana.  

SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO


TRABALHO SOBRE A SOCIOLOGIA CLÁSSICA DE DURKHEIM
Respostas do Questionário

Questão 01. _ Seu  trabalho é uma reflexão e um reconhecimento de uma “consciência coletiva”. Mas o que vem a ser consciência coletiva? É o conjunto de valores, sentimentos, crenças e tradições de uma sociedade, preservado e legitimado no decorrer de várias gerações. É a moral de determinada sociedade, em que predomina a solidariedade mecânica, conforme Durkheim. A consciência coletiva exerce sobre os indivíduos uma coerção reforçando hábitos, costumes e representações coletivas. A isso “tudo” ele chamou  de “Fatos Sociais”, e disse que esses eram os verdadeiros objetos de estudo da Sociologia.
Questão 02. _ São as formas de pensamentos que a sociedade elabora para expressar sua realidade. Tais formas são incorporadas e interiorizadas pelos indivíduos através das normas e regras que formam a estrutura social. As representações coletivas resultam da combinação e associação de ideias e experiências de múltiplas gerações que cooperam para sua formação. A experiência dos indivíduos as reelabora.
Questão 03. _ Durkheim acreditava que a sociedade seria  mais beneficiada pelo processo educativo. Para ele “a educação é uma socialização da jovem geração pela geração adulta”. E quanto mais eficiente for o processo, melhor será  o desenvolvimento da comunidade em que a escola esteja inserida. A construção do ser social, feita em boa parte pela educação, é uma assimilação pelo indivíduo de uma série de normas e princípios, sejam morais, religiosos, éticos ou de comportamento, que balizam a conduta do indivíduo num grupo. O homem, mais do que formador da sociedade, é um produto dela (DURKHEIM).
Questão 04. _ Enquanto a sociedade mecânica se referia ao vínculo moral entre indivíduo e sociedade, a solidariedade orgânica, dizia respeito a uma relação puramente econômica e funcional dentro da divisão de trabalho. Na solidariedade mecânica, a força da integração moral da “consciência coletiva”, prendia o indivíduo ao grupo social. Já na solidariedade orgânica, eram os laços morais com os outros grupos sociais, através da “especialização” ocupacional do trabalho que mantinham o indivíduo inserido no meio social.
Questão 05. _ O método da análise social de Durkheim é considerado positivista. O positivismo propõe transpor os métodos das ciências naturais como critérios para a existência de uma sociedade de caráter moral. O método sociológico de Durkheim, seguindo essa premissa, pode ser considerado conservador. Daí o fato desse teórico ter sido considerado também um autor conservador, pois ele concebe os fatos sociais como coisas, apreensíveis graças ao distanciamento e a busca da neutralidade do 
RITUALISTAS


                  O ser humano é um bicho social, e como tal, precisa aprender a viver em sociedade. Nesse processo de socialização, o princípio de humanização, traduz-se numa adequação corpórea às exigências do meio social onde vive. Sabe-se que o homem, como ser racional, é, em sua essência, um animal biológico, portanto, não pode ignorar o uso da máquina biológica, pois, sua sobrevivência não depende apenas da sua inteligência e saber cultural ou mesmo do meio social do qual faz parte.
                  Ele, o ser humano, possui funções vitais, tais como: a alimentação, a respiração, o sono, a atividade sexual, etc. É claro, que estas funções vitais, embora inerentes à toda a humanidade, varia na forma como cada indivíduo procura satisfazê-las, dependendo do sistema cultural ao qual o indivíduo venha a pertencer.  Sendo que tantas variações, dentro de um número tão pequeno de funções, faz com que o homem seja considerado um ser predominantemente cultural.
                  Outro ponto a se destacar, é que o homem, ao longo do processo de sua socialização, que vai desde o nascimento, passando por infância, vida adulta e velhice, participa de vários “ritos de passagem”, que o tornam apto a viver em sociedade. Dessa forma, as gerações “maduras”, passam às gerações “imaturas”, um sem número de normas, regras, dogmas e orientações de como o indivíduo deve se portar no seio da sociedade. Muitas destas orientações,  dá-se, por meio da educação.
                  Vale lembrar, que para Durkheim, por exemplo, educar é socializar. E nesse contexto, o ser humano é,  por via de regra, ritualista. Sua vida social se guia por muitos rituais, que incutem na consciência coletiva o saber cultural, e por extensão, o gérmen do processo da socialização.
                  Só que a sociedade, dita ritualista, e que nega esse tipo de estereótipo, vive sob o signo do materialismo. Sob essa ótica, a sociedade contemporânea, torna-se refém de si própria, o que se traduz no culto a entidades, pessoas, objetos e ainda à beleza, ao poder, ao dinheiro.




MARCAS DA SOCIALIZAÇÃO


                  Ao longo do seu processo evolutivo, o ser humano acumulou uma base cultural, fruto dos muitos estágios da interação com o meio e a natureza. Esse processo resultou de uma série de acontecimentos traumáticos, no que diz respeito à formação cultural do indivíduo e como consequência, deixou marcas profundas nas sociedades humanas.
                   Tais marcas, são o que poderia ser definido como “marcas da socialização”, que levaram o homem a se diferenciar dos outros animais e trilhar caminhos que contribuíram em muito para enriquecer sua trajetória evolutiva. A imensa capacidade de interagir com o meio social e se organizar em grupos sociais coesos, embora complexos, faz do ser humano um ser social e por extensão, dependente do sistema cultural ao qual pertence.
                  Deve-se destacar os muitos aspectos que marcaram a transição “do homem de um estado de natureza para um estado de cultura” (LÉVI-STRAUSS). Aspectos estes, que determinam os muitos estágios de sua humanização e eventual socialização. Deles, o mais marcante talvez seja a apropriação da linguagem, tendo em vista, que esta verdadeira “instituição”, elevou o ser humano a um novo patamar na escala da evolução. O uso da linguagem, traduzida inicialmente pela fala e depois reforçada pelo uso da escrita, passando pelas pinturas ruprestes, que são marcas indeléveis da busca do homem de melhor interagir com o meio social. Tal recurso, o da linguagem, conduziu a raça humana a um grau elevado de interrelação e organização social.
                  Há ainda outros aspectos interessantes no processo de socialização do bicho homem, como por exemplo, o ato de alimentar e uso da toillet, comuns às sociedades humanas, embora algumas delas se diferenciem na forma como lidam com estes aspectos. Isto sem falar, da capacidade de transmitir conhecimento de uma geração para outra, garantindo assim sua perpetuação no curso da história e eventual avanço no processo de sociazação. Deve-se ressaltar, que tal processo não se mostra estático nem imutável, mas sim dinâmico, pois sofre modificações entre os muitos grupos sociais. O que diferencia as diversas sociedades humanas, e torna a evolução um processo ondulatório. Algumas sociedades atingiram um certo nível de organização e bem-estar social, enquanto outras ainda se encontram mergulhadas no caos ou ocultas sob o véu de regimes fechados, sem falar naquelas que patinam e atolam na lama da corrupção.  

sábado, 28 de janeiro de 2012

JOGOS E SIMBOLISMOS

JOGOS E SIMBOLISMOS


                  A escola reproduz as desigualdades sociais? Em tese, sim. Mas na prática, os mecanismos que compõem a estrutura social são bem mais complexos. Eles se apoiam em jogos e simbolismos que espelham, a priori, as ideias coercitivas das classes dominantes.
                  A escola é neutra? Não. Nem neutra, nem imparcial. Mas também não é infalível, no que diz respeito à sua ideologia de corroborar as desigualdades e ainda por cima, acirrar a luta das classes sociais. Ela é sim, uma espécie de palco, onde os atores sociais se relacionam e se inserem no meio social.
                  No “jogo da vida”, a violência simbólica assume o papel de destaque. Ela nada mais é, do que um expediente do qual as classes dominantes se valem para excluir do sistema de ensino os mais pobres e com isso, conseguem legitimar e impor suas ideias aos grupos e classes dominadas.
                  Na escola, a ideologia, entendida como a forma com que a realidade se mostra, é  um dos mais fortes simbolismos: “busca ocultar os mecanismos de reprodução das relações de produção capitalista”. Segundo Althusser, a escola em vez de se tornar um instrumento de equalização social, constitui-se em um mecanismo construído pela burguesia para garantir e perpetuar seus interesses.
                  E como o ambiente escolar reflete o meio social e se apoia nas bases do capitalismo, a tendência da escola é “ser dualista”, ou seja, “ela se divide em duas grandes redes, que correspondem à divisão da sociedade em duas classes fundamentais: a burguesia e o proletariado”. A escola tende a marginalizar os alunos mais pobres e busca assumir um papel que reforce e torne legítima a superioridade da cultura burguesa sobre a cultura do proletariado.
                  Mas sob essa ótica, pode-se  afirmar que a escola só reforça as desigualdades? Sim e não. Sim, porque a bagagem cultural e social, inerente à burguesia, prevalece sobre o proletariado. Não, porque a escola, como instituição social simbólica, às vezes, sob a “efígie” complexa e formadora do caráter de cada indivíduo, permite à sua revelia, que num movimento mais amplo, as amarras do capitalismo se soltem, as barreiras culturais se quebrem, dogmas e regras sociais se dobrem e se moldem, para que “aqui” e “ali”, indivíduos vindos das classes mais pobres possam ascender à classe dominante, sem contudo perderem sua identidade.